Seguro

Em 2019, o mercado de seguros movimentou R$ 234 bilhões no Brasil, segundo um estudo da MAPFRE Economics. Entre 2009 e 2019, o crescimento do setor foi de 204% – mas o potencial é muito maior: estima-se que ele poderia movimentar R$ 553 bilhões em um único ano.

Segundo a CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização), a criação do seguro aconteceu na antiguidade, por volta de 1.700 a.C., com o Código de Hamurabi. No Brasil, ele chegou por volta de 1800 – a primeira seguradora do país foi fundada no ano de 1808.

Mas, afinal, o que é seguro? Qual a lógica desse produto? E quais são os tipos de seguro?


  • O que é seguro?

    Um seguro é um contrato feito entre uma pessoa ou empresa e uma seguradora. Esse contrato estabelece que alguma pessoa, bem material, patrimônio ou outro objeto – chamado de segurado – possuem cobertura contra determinados riscos. Em outras palavras: se algum dos riscos contra os quais o segurado possui uma cobertura se tornar realidade, o seguro é acionado e a pessoa que o contratou recebe uma indenização.

    É simples – o seguro é como uma proteção contra alguns riscos que algo ou alguém corre. Por exemplo, roubo ou furto de casa. Essa é uma situação que normalmente acaba gerando grande perda financeira. Para se prevenir no caso de um roubo acontecer, o proprietário ou proprietária contrata um seguro que vai indenizá-lo em determinado valor. Essa mesma situação vale para outros casos. Para contratar um seguro, é necessário pagar um valor específico, que pode ser à vista ou cobrado mensalmente, dependendo da seguradora ou instituição que o oferece. Esse valor é chamado de “prêmio” no mercado de seguros. Somente depois do pagamento do prêmio, valor que a seguradora recebe para garantir a indenização, é que o contrato de seguro passa a valer. Todo seguro contratado tem coberturas específicas – riscos que serão cobertos por esse seguro. Isso significa que para qualquer situação fora da cobertura e que venha a acontecer, o segurado não receberá o valor.

    Os valores pagos para ter direito ao seguro não são “devolvidos” no caso de o risco não se concretizar e o seguro, portanto, não ser acionado – exceto no seguro resgatável. Além disso, o seguro tem uma validade: os valores só são pagos dentro desse prazo; se ele “vencer”, é necessário renovar ou contratar novamente. O mercado de seguros é muito regulado e possui um vocabulário próprio – por isso, não é raro demorar para entender como um seguro funciona ao se deparar com palavras novas.

  • Quais tipos de seguro existem?

    Seguros podem ser contratados tanto por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas – empresas, em outras palavras. Existem tipos de seguros que são comuns às duas, e outros que podem ser contratados apenas por pessoa física ou só por empresas.
    Para pessoa física, os mais comuns e conhecidos são:
    Seguro de vida: ele protege o segurado e seus beneficiários contra morte ou invalidez; é possível incluir outras coberturas adicionais no contrato do seguro de vida e que extendam a proteção para a família;
    Seguro automóvel: ele garante a cobertura do veículo em questão em diversas situações – furto, roubo, danos materiais, acidentes, entre outras situações;
    Seguro de bens pessoais: smartphone, bolsa, jóias e outros bens pessoais tambem podem ser protegidos por um seguro em casos de perda, roubo e furto, por exemplo;
    Seguro viagem: garante que o segurado, em outros países, contará com assistência de saúde, reembolso para cancelamento de voos, bagagem extraviada, roubo e outras coberturas específicas;
    Seguro saúde: esse seguro garante que o segurado terá assistência de saúde se precisar; os planos de saúde privado são, de certa forma, um seguro saúde.

    Um tipo de seguro que pode ser contratado tanto por pessoas físicas quanto jurídicas é o seguro patrimonial – ele protege residências, escritórios, consultórios e todo o patrimônio de uma pessoa ou empresa. As coberturas podem ser contra desastres naturais, furto ou roubo, incêndios e outras situações. E vale dizer: dentro dos “tipos” de seguros podem existir outros tipos – por exemplo, o seguro de vida pode ter coberturas diferentes, cada uma voltada para um perfil de pessoa.
    As regras de um seguro podem variar de acordo com a cobertura e até mesmo a seguradora escolhida. Por isso, o ideal é sempre pesquisar qual é o seguro que mais atende às suas necessidades, sem contar com coberturas que encarecem o produto e que não serão usadas, e prestar atenção à apólice do seguro – o contrato onde todas as condições e detalhes são especificados.